07 junho, 2008


ALFONSINA E O MAR (Mercedes Sosa)

Pela branda areia que toca o mar,sua pequena pegada não aparecerá mais.

E um único passo de pedra e silêncio chegou até a água profunda, até a espuma.

Sabe Deus que angústia te acompanhou, que velhas dores calaram tua voz para recostar-te no sussurro dos caracóis marinhos, a canção que os caracóis cantam no fundo obscuro do mar.

Vai-se Alfonsina com sua solidão, que poemas novos foste buscar?

E uma voz antiga de vento e de salse quebra na alma e a está chamando.

E te vais, como em sonhos.

Dorme Alfonsina, vestida de mar.

Cinco sereiazinhas te levarão por caminhos de algas e coral e fosforescentes cavalos marinhos farão uma ronda a teu lado.

E os habitantes da água vão nadar ao teu lado.

Baixa a luz um pouco mais, deixa que durma em paz.
E se chamarem não diga que estou, diga que Alfonsina não volta.

E se chamarem não diga que estou, diga que me fui.

Vai-se Alfonsina com sua solidão, que poemas novos foste buscar?

E uma voz antiga de vento e de salse quebra na alma e a está chamando.

E te vais, como em sonhos. Dorme Alfonsina, vestida de mar.

06 junho, 2008

Sonhos...

Neste momento,

meu único sonho...

é acordar!